sexta-feira, 20 de junho de 2008

Margem

Cheguei ao topo da minha solidão
Mas aprendi que, o velho clichê, antes só do que mal acompanhado
Não funciona, é démodé.
Prefiro tudo, a andar só
Odeio trocar passos com a solidão
Me sinto melhor quando ouço alguém
Caminhando ao meu lado
E melhora muito quando vejo que é você
Mesmo que seja de passagem, sem olhar para mim,
De cabeça baixa, ou olhando para o outro lado
Estou no fluxo do rio
Você é a margem

2 comentários:

Anônimo disse...

Lindo!Que coisa fofa! bjoss

MAO // disse...

Belo poema, parceiro. Fez-me lembrar Goethe: "Do rio que tudo arrasta, dizemos que é violento, só não dizemos que são violentas as margens que o comprimem."