domingo, 28 de dezembro de 2008

Certezas

Não sou um homem de interrogações
De talvez, será, quem sabe ?
Sou simples como o corte da faca,
a lágrima no rosto, o berro da vaca
Sou uma pessoa de certezas, de fé.
Assim, como as horas dos dias
O calor no sol, a dor do calo do pé


Inspirado em Adriana Falcão

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Vigilante

Os meus primeiros beijos,
como fogo ela sentiu
Eu, como sempre, sentinela
montei vigília arregalei os olhos
e escancarei o coração

sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Escorregão

Hoje andei tropeçando em velhas lembranças
Não cheguei a cair
Mas o escorregão me deixou tonto
Não sabia que a saudade era capaz de tanto

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Quadrilátero

Ainda sinto no rosto a brisa da noite
Na boca, o gosto da última cerveja bebida
Nas mãos, o rastro do teu corpo
Guardo em mim, as nossas discussões filosóficas,
os nossos embates amorosos, onde você sempre era vitoriosa
noite, bebida, filosofia e amor, assim vivemos
e viveremos

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Absolutamente

A vida deveria ser melhor.
Podia chover cerveja
E ventar salgadinhos.
Não me zangaria
se os rios fossem de vodka,
de preferência “absolut”,
e o céu um eterno out-door
da Rachel Weisz, em poses eróticas.
Ah! como tudo seria melhor

quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

Tudo

Na superfície do nosso amor
encontrei amor;
Na profundeza do nosso amor
mais amor. Eh mole?

sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Sexta-feira

As coisas do dia eu desconheço
E por elas não faço festejo
As da noite não me são estranhas
música, amores, cerveja, sexo e beijo...

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Luz

Tenho em mim,
o hábito da modéstia.
O sol que dá vida ao mundo
mudo fica e se enegrece ao menor gesto seu
Trás em teu semblante o frescor da aurora
e os teus olhos a mais pura luz.
Quando passas ilumina a todos,
esquenta a mais tímida alma.
Não é sem razões que o astro rei
silencia à tua presença, oh! minha doce amada

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Avesso

Uso poucas palavras sou avesso a intensidade
Firo facilmente, mas sei o valor do amar
Sou leve como uma brisa, forte como a ventania,
Depende de quando e como você me vê passar.
Você, não possui nada
Lembranças, amores nenhum bem
Mas não esqueças que eu
Sou tudo, tudo o que você tem

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Encruzilhadas

Para encontrar o amor
Fiz juras, sorrir quando senti dor
Falei mentiras fui profano
Até li sua mão
Fiz despachos, não escondo
Na encruzilhada pro teu coração
Nada disso adiantou
Não se prende o amor
Ele é livre pra chegar
Fazer rir ou chorar.

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Recomeçar

Ando angustiado com o tempo
mas começaria tudo outra vez
As pedras que rolaram
as colocaria novamente no caminho
só para ter a certeza de vê-las rolar
e mais uma vez recomeçar

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Identidade

Estou lambuzado de você
Suas digitais estão por todo o meu corpo
O odor da tua saliva impregnou minha boca,
meus olhos, meus membros, meu ser
Suas palavras ainda reverberam no ponto mais distante de mim
Mesmo na ausência da luz, posso vê-la
Toca-la também posso mesmo na ausência
É como se fossemos uno
Seria melhor não ter te conhecido
só assim, eu continuaria sendo eu

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Avassaladora

Avassaladora senta no seu colo
lambe o pescoço morde a orelha
enfia a língüa por entre seus dentes
tomando toda a sua boca
ela é louca muito louca e, ele adora sua mão
apertando o que deseja com calor e com carinho
ensinando o caminho da loucura
e acabando com seu medo de não poder
e o macho se solta se larga, se acaba na mão da rainha
com todo prazer.
E o macho desmonta no grito de gozo
na mão da rainha e desmaia de tanto prazer.
(Gonzaguinha)

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Imperativo

Quero provar to teu veneno
beber a tua alma
salivar os teus pensamentos
degustar cada sopro de sobriedade
que possas ter
Vou mergulhar nas tuas entranhas
e desvirginar as tuas vontades
Nada a teu respeito me será estranho
serei o senhor dos teus desejos
e você a minha cadelinha

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Espaço

Distante dos meus olhos
O mundo parece maior
Assim como a saudade
Que tanto maior parece
Quando mais longe estamos

sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Ensinamentos

O tempo tem me ensinado
Que na vida tudo tem o seu lugar
Engraçado é que nós dois
ocupamos um mesmo espaço

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Natural

Estamos evoluindo, eis o fato.
De maneira infantil,
engatinhamos rumo ao novo
não questionamos nada, naturalizamos
já somos parte da manada

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Lembranças

Gotas de sangue, lembranças e dor
Não temos saudades, estamos livres
Não ganhamos nada nem perdemos tudo
Das sobras ergueremos nossos sonhos

terça-feira, 7 de outubro de 2008

Beijo

Dizem os especialistas:
um beijo caprichado gasta em média 12 calorias
Descobri por que ando definhando

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Corporativismo

Eqüinos do Mundo!
Cavalos, burros, asnos,
zebras, muares, potros;
Amai-vos uns aos outros.
(Millôr)

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Testemunho

Os astros nada ganharam com minha presença neste mundo.
Sua glória não aumentará com a minha derrocada,
E meus ouvidos são testemunhas:
ninguém jamais foi capaz de me dizer
por que me fizeram vir
e por que me fazem ir embora.

(Versos do poeta iraniano Khayyam, recitados por Nassar Ali em Frango com Ameixas)

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Dilemas

Ah! Essa mania de guardar, o que mais nos dói
Essa vontade de negar, o que mais nos atraí.
O que o olhar consome, para a razão se mostra vã.
Desisto de ser, prefiro estar
Tenho que ser mais do que eu, pois sou tão pouco.

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

12 anos

De gole em gole, de beijo em beijo vamos caminhando
e 12 anos se passaram.
Tivemos nossos momentos de ressaca e de boca seca,
Mas aprendemos truques e receitas que ajudaram a driblamos as dificuldades.
Um novo dia desponta
e o marcador do tempo iniciou a contagem regressiva
para mais 12 anos.
Assim, de 12 em 12, vamos caminhando, e o bom nessa jornada
é ter alguém para dividir o mesmo caminho

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Beijo

O gosto da tua saliva
Ainda impregna minhas lembranças,
O que não faz uma bala de hortelã

terça-feira, 2 de setembro de 2008

Acidente

Estou na contra mão
Você vem em alta velocidade
Sinto que é inevitável o choque
Não tenho chances para mudar
Você de parar.
Bum! Assim acontecem os acidentes.
Em nosso caso foi bom
Pois só assim pudemos nos encontrar
É que tivemos uma batida de amor

quinta-feira, 28 de agosto de 2008

Pedidos

Peço que lembre de mim, assim como a areia lembra do mar
Como a cor lembra da luz
Como os dedos lembram do calor, do frio...
Peço que não chore por mim, mas se chorar que o pranto seja de alegria
e a lágrima seja sinal de que ainda me tens como teu
Peço que me leve contigo, para onde for
Que as nossas lembranças
Sejam bagagens para qualquer viagem
Ah! não é preciso me pedires nada, pois sou todo seu.

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Rotina

A luz da manhã acerta minha retina em um golpe fulminante
O algodão do lençol arranha até minh’alma
Inicio uma tentativa de despertar, em vão.
Os sentinelas dos meus olhos insistem
Começo a atender e entender que já é hora
Recobro a consciência, organizo a minha rotina
Levanto e faço tudo igual mais uma vez
Ginástica, casa, café, carinho, trabalho, casa...
Hum! que vidinha mais besta!!!

terça-feira, 12 de agosto de 2008

Desbravador

Na contramão de todos os conselhos, sigo enfrente
Com minhas idéias eu sobrevôo o antes inimaginável
De tanto experimentar me embriago no novo, no agora e esqueço o porvir
Nada mais me espanta, sou um desbravador
Vasculho sentimentos, esquadrinho possibilidades, navego sem direção

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Prisioneiro

Não saio mais às ruas
sou prisioneiro da solidão
passo às horas brigando com minhas idéias
não existe nada mais de racional em mim
sou todo paixão

quarta-feira, 23 de julho de 2008

Retalhos

Senti em meus dedos
O inefável sabor do teu corpo
E em alguns toques pude compreender a tua alma
Observei que em teus beijos
Nada se completa, tudo se dilacera
Retalhos, pedaços do tempo se encaixam na louca tentativa
De explicar o que somos, em vão:
Não somos nada

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Balzac

Esse privilégio de sentir-se em casa em qualquer lugar pertence apenas aos reis, às prostitutas e aos ladrões.
(Balzac)

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Eneida

o Luto e os Remorsos vingadores puseram seus leitos; lá habitam as pálidas Doenças, e a triste Velhice, e o Temor, e a Fome, má conselheira, e a espantosa Pobreza, formas terríveis de se ver, e a Morte, e o Sofrimento; depois, o Sono, irmão da Morte, e as Alegrias perversas do espírito.
Trecho de Eneida (Virgílio)

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Paciência

Percebi que nem sempre o tudo é tudo
Em meio as minhas angústias me dei conta que
Muitas vezes podemos alcançar o tudo com doses pequenas e constantes
é o exercício da paciência

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Prisão

Se mequeres
me terás
se me odeia
serás minha eterna escrava
e eu senhor dos teus pensamentos

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Encontro

Perdido em teus braços
Encontro o meu rumo
Sigo calado, passo a passo
Me desvio de tudo
Menos do teu laço

terça-feira, 8 de julho de 2008

Verdade

Fui cigano, andarilho sonhador
Navegante em cada porto um amor
Mas você me mostrou toda a verdade
Me fez ver a realidade
Como o sol descortinando o alvorecer

segunda-feira, 7 de julho de 2008

terça-feira, 24 de junho de 2008

Deus

Não existe mais lugar para as estrelas
O cinza encobriu o céu, em pouco tempo será trevas
Na noite veloz corto caminhos e sou guiado por tuas mãos
O medo é o companheiro mordaz
O tempo não para
Penso no meu porto, quero a firmeza do re-encontro
A minha boca cala
O meu coração fala
Tudo só faz sentido quando o sol desvirgina o amanhecer

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Margem

Cheguei ao topo da minha solidão
Mas aprendi que, o velho clichê, antes só do que mal acompanhado
Não funciona, é démodé.
Prefiro tudo, a andar só
Odeio trocar passos com a solidão
Me sinto melhor quando ouço alguém
Caminhando ao meu lado
E melhora muito quando vejo que é você
Mesmo que seja de passagem, sem olhar para mim,
De cabeça baixa, ou olhando para o outro lado
Estou no fluxo do rio
Você é a margem

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Tudo

O passado insiste em querer me assustar
As lembranças, como alma penada,
Tentam emoldurar o meu presente
Mas sou senhor do meu tempo
Imperador dos meus desejos
Soberano das minhas idéias
Ditador do prazer.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Língua

O gosto que eu sinto na boca
Vem do roçar da minha língua
No tom grave de tua voz rouca

sexta-feira, 13 de junho de 2008

O riso

Um riso cruzou o meu caminho
Pensei que fosse imaginação, mas era um riso mesmo, e era para mim
Senti algo estranho, nunca tinha visto um riso tão lindo
Era como se ele quisesse me dizer alguma coisa e dizia....
Por um breve instante fiquei paralisado
Só tinha olhos para o riso que conduzia aquele corpo
O mundo em minha volta era um imenso riso
Não sei como defini-lo, mas me parecia um riso diferente, embriagador
Foi breve, mas nunca sentir algo tão bom, assim
Ele se desfez e sumiu, voltei ao normal
Impressionante como um simples risinho tem o poder de transformar as pessoas
Eu me sentia um homem único, e melhor, tinha um riso só para mim.
Depois disso já observei vários risos, mas nenhum como aquele.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

Infinito

Não sei o itinerário da solidão
caminho por terras que inspiram
o estar junto, a comunhão
assim me entrego ifinitas vezes
sempre na esperança de te encontrar

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Caminhos

Andamos em linhas tortas
Mesmo assim, chegamos sempre ao nosso destino
A velocidade não importa
O tempo abre a porta
E começamos a trafegar em vias de mão dupla
Em uma nós, na outra os perigos do mundo
Vez por outra uma colisão
Entre feridos e mortos
Sempre conseguimos chegar

terça-feira, 10 de junho de 2008

Dúvidas

O que deixaremos após a nossa existência?
Para aonde iremos?
As nossas sementes frutificarão?
As nossas palavras ainda serão ouvidas?
O que ficará, e o que levaremos?
O que nos torna vivo?
Amores, lembranças, angústias, vontade.....?
Quem ficará com as chaves dos nossos sentimentos?
Quem tornará a abri-los?
Quando o tempo colocar a mordaça em minha boca
A escuridão se fizer permanente
E a inércia dominar meus músculos
Deixo de ser, ou nunca fui?

segunda-feira, 9 de junho de 2008

sexta-feira, 6 de junho de 2008

Bilac

Deixa que o olhar do mundo enfim devasse
Teu grande amor que é teu maior segredo!
Que terias perdido, se, mais cedo,
Todo o afeto que sentes se mostrasse?
Basta de enganos!
Mostra-me sem medo

(fragmento de Deixa o Olhar do Mundo - Olavo Bilac)

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Palavras

Busco-te de todas as formas
Mas, como areia escorrega por entre meus dedos
Fecho os olhos, medito em vão
Te assemelhas a uma quimera
O tempo avança e não te encontro, me assusto
Procuro o conforto no passado
Mas o presente me afligi
Penso em parar, Ouço vozes;
Continue, continue, continue.....
Sinto um vazio, fico em silêncio
E como um centelha
Te revelas e se faz nascida

quarta-feira, 4 de junho de 2008

Nada

À noite, no escuro do meu eu,
Visto-me de solidão
Mesmo contra minha vontade
Viajo por caminhos antes percorridos
Rasgo meu peito
Grito em silêncio
Explode em minha boca um gosto de ânsia
Vomito palavras
Desnudo minh’alma
Não vejo nada, não encontro nada
Não sou nada

terça-feira, 3 de junho de 2008

Ser

Dispo-me da vontade
De ser, prefiro estar
Assim, me sinto mais eu
e consigo me encontrar

segunda-feira, 2 de junho de 2008

DNA

Ando travando um duelo
com minhas esperanças
acreditar é uma qualidade
impressa no meu DNA

sexta-feira, 30 de maio de 2008

Teus olhos

O brilho dos teus olhos
Refletem em minha alma
Um colorido nunca visto
Busco compreender
O balouçar romântico em que me encontro
Um sacolejar de sentimentos
Inundam minha cabeça
Perco o senso
Deixo-me levar
E aporto em teus braços

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Desencanto

Eu faço versos como quem chora
De desalento... de desencanto...
Fecha o meu livro, se por agora
Não tens motivo nenhum de pranto.
Meu verso é sangue. Volúpia ardente...
Tristeza esparsa... remorso vão...
Dói-me nas veias. Amargo e quente,
Cai, gota a gota, do coração.
E nestes versos de angústia rouca
Assim dos lábios a vida corre,
Deixando um acre sabor na boca.
- Eu faço versos como quem morre.
(Manuel Bandeira)

segunda-feira, 26 de maio de 2008

segunda-feira

Espasmos de cólera,
Sacodem minhas entranhas
Um pulsar constante de angústia
Percorre o meu ser
Segunda-feira é terrível

sexta-feira, 23 de maio de 2008

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Ser

Na plenitude do meu eu
Sinto-me só
Entre mim e eu mesmo
Um oceano
A massa fluída
Serve par lembrar
Que mesmo assim
Afastado mantenho
uma contínua distância
Mas permaneço no centro
do que se costuma chamar
ser

terça-feira, 20 de maio de 2008

Pontos

Você tem a capacidade
de transformar e se transformar
de mover sombras
remoer histórias
consumar fatos
distorcer contos
reviver sonhos
explicar ponto-a-ponto

segunda-feira, 19 de maio de 2008

Geral

Descarrego meus sentimentos
liberto os meus desejos
proíbo o não
tudo é permitido
até não permitir

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Soneto

Derramo lágrimas
Conspiro contra a saudade
Respiro solidão
Sofro no silêncio
Grito calado
Canto-chão

Viajo em pensamento
De braços dados com a solidão
Você nem percebe
Mas fico longe
De um soneto
Mas perto, muito perto
do teu coração.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Feitiço

Um fluxo cósmico
ritualístico
mágico
diluem nossos momentos energéticos
os desperdícios são inaceitáveis
tudo no caldeirão
muito cuidado é pouco
pitadas de beijos
raspa de sentimentos...
cuidado
a bruxa do amor
está solta

terça-feira, 6 de maio de 2008

Lembranças


Na minha memória
escondida entre pequenas lembranças
encontrei você
sorrir, chorei, cantei trechos de músicas
espanto, amor, ódio
TANTOS sentimentos empoeirados
ah! as lembranças

terça-feira, 29 de abril de 2008

Amor-Ódio

Amor pode significar afeição, compaixão, misericórdia,
inclinação, atração, apetite, paixão, querer bem, satisfação,
conquista, desejo, libido, e tantas outras coisas.
Mas, irremediavelmente está preso ao ódio, rancor, raiva, ira
repugnância, antipatia, desprezo, repulsão.
Quem já amou e nunca sentiu raiva
que atire a primeira pedra.

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Cânticos

Preciso de caminhos.....
minhas pernas querem me levar
a cabeça acompanha,
mas não tenho para onde ir

Sou só, ando em dó,
re-traço sentidos
me-calo em sustenidos
fa-ço sol.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Palavras

Palavras servem para dizer algo,
expressar sentimentos, descrever, encantar
tornar dito, refletir e até para chatear
hoje eu tomei um banho de palavras
fiquei bêbado de tantas uniões silábicas
mas é mesmo assim, gênero de primeira necessidade
usado no desperdício da banalização
e na corroboração do nada.

terça-feira, 22 de abril de 2008

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Coisas

As coisas nem sempre são o que parecem
Fogo, afago, afeto
O que fazer para mudar
Amo, morro, mato
Na dúvida
Laço, caço, faço

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Eu

Sou fruto de uma disputa.
Nasci sob o signo da vitória.
Entre milhões de possibilidades, eu.
Viva o espermatozóide que me gerou!!!!!!

terça-feira, 15 de abril de 2008

Descoberta

Mexendo no meu saco de memória
re-editei alguns pensamentos
outros fiz questão de esquece-los.

Descobri que muitos
não eram meus e nem de ninguém
os donos sumiram com o tempo

Ficou evidente que a efervescência das minhas idéias
contrasta com a calmaria das ações
estou mais para a pachorra que o bulício

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Figuras

Os teus olhos e as minhas palavras
formam uma figura de plano perfeito
nada de triângulos, retângulos e cubos
simplesmente carne e desejo

quinta-feira, 10 de abril de 2008

No amor nunca os pratos da balança estão equilibrados. E como a essência do amor é etérea, quem pesa mais é quem ama menos.(Ferreira Goulart)

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Cola

Na curva entre o meu olhar
e o teu desejo nasceu nossa história
o zumbido do tempo
serve de cimento
para o nosso sonho

terça-feira, 8 de abril de 2008

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Liberdade

Para o amor não cabe a repugnância
nômade minha língua
percorre teu corpo
saliva, dedos, na liberdade nasce o amor

Na tarde úmida selo sonhos
faço amor
na permissão do teu corpo
tudo é possível, nada é pudor

sexta-feira, 4 de abril de 2008

Medo

Não tenho medo de lobisomem,
currupira, mula-sem-cabeça,
sátiros, centauros, górgona
o que ainda me assusta são os gritos
da minha amada.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Devagar

Montado em lembranças
sigo devagar.
Em meu caminho
a lentidão das horas.
Apressado só o meu coração
ao te ver passar.

quinta-feira, 27 de março de 2008

Resistência

Semeio vontades,
destilo sonhos
e me embriago de esperanças.
Quebro regras
para não me corromper.
Faço das minhas idéias
um templo de resistência.

terça-feira, 25 de março de 2008

Tempo

Envelheci mas minhas idéias
não ficaram grisalhas.
Luto para que meus sonhos
não fiquem flácidos,
para não perder de vista
meus desejos.
Espero que a experiência
dos anos sirva de farol
para meus passos ainda apressados.

segunda-feira, 24 de março de 2008

Seu

A cada amanhecer morro em teus braços,
em cada anoitecer ressuscito.
Até os primeiros raios de sol sou so seu.

sábado, 15 de março de 2008

quinta-feira, 13 de março de 2008

A vida agradece

Meu coração está em festa, me afastei da tristeza.
Viva a alegria que embriaga
As aventuras que entorpecem
As mulheres que amamos
A vida agradece

Fidelidade

"Da terra, que um dia irá nos separar, arranquei flores
Para te presentear".

Baseado no poema Carolina (Machado de Assis)

Seduzir

Cansei de pensar, de posar, premeditar, de planejar.
Pensei em cessar, censurar, mas a centelha
de meu último desejo seduziu todos os sentimentos.

quinta-feira, 6 de março de 2008

por que brigar?

"Se o adversário é inferior a ti,
então por que brigar?
Se o adversário é superior a ti,
então por que brigar?
Se o adversário é igual a ti,
compreenderá, o que tu compreendes...
então não haverá luta.
Honra não é orgulho,
é consciência real do que se possui."
Gichin Funakoshi

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Poetas

O que seria da vida
sem os POETAS.
Esses sonhadores,
que povoam o mundo
de sentimentos através da alma

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Você

Queria o silêncio de um século
para compreender o barulho
que faz em minha cabeça
no instante em que te vejo.
Queria o silêncio de um século
para compreender o barulho
que faz em minha cabeça
no instante em que te vejo.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Coisas de Amor

Só quem ama
pode entender o sentido de um olhar,
mesmo que exista
um deserto a separar.
Ser-flôr, deixa-se sugar
pois quem ama
tem que se dá

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

Sentido

Visto que eu não sei
como explicar, o sentido da palavra AMOR
vou procurando pistas
num labirinto que se encerra
lá no INFINITO....

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Paradoxos

Vivemos em um eterno cárcere
dentro de nós mesmos
e ainda falamos em liberdade.
É o paradoxo da felicidade
no cara dessa gente infeliz
que finge ser feliz

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Sabor da Estação

Fonte D'água cristalina
desagua no coração
embriaga a retina
causa dor ao coração
se reflete em um sorriso
objeto de contemplação
néctar dos amantes
sabor da estação
na centelha do desejo
o amor vem em lampejos
no peito se instalar
solitário viajante
faz a gente se encontrar
no deserto da paixão.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Cinzas

Fim de carnaval;
a cortina se fechou
não posso mais representar
negar sentimentos
é esconder o tudo
com nada, nada, nada
virei a página
fechei o livro
vou contar uma nova história

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Máscaras

O que se esconde atrás do teu sorriso
Que transforma você
Em outro alguém.
Parece um filme de mistério
Que há muito tempo
Saiu de cartaz

quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

Pele seda

A tua pele seda
sede aos meus dedos
molhados de sal
e a vontade de te ter
é maior que a manchete do jornal

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Fim

Quando partiu
a saudade veio
em forma de dor
as sentinelas do meu pranto
dormiram
uma lágrima rolou,
deslizou em minha pele
como lava encandecente
desnundando entranhas
me revelando por inteiro

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

Devorar

Muita gente,
pouco espaço
desejo em demasia,
calado por quem os sente
e aqueles olhos,
pequeno como o destaque da revista.
Doi, doi...
a dor de não compreender o mundo
a dor de fazer pare dele
e aqueles olhos
devorados de forma canibalesca.
Os olhos tudo bem,
mas, o desejo, a liberdade...

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Voz do silêncio

Peça pra vida, vida
preçe para Deus, em vida
peça pro sol luz e dia
e tire da dor alegria
peça pra lágrima, o sal
e roube do mundo o caos
busque no tempo seu tempo
tampe a voz do silêncio
peça pra noite o negro
pinte nos muros respeito
peça pra sede água
e afogue a miséria
que aqui desagua.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Prisões

E há de cair como um raio,
um rio louco.
Eu um pseudo misantropo
fugindo de ti
pra perto de mim
bem longe do fim.

E seguirás dia-a-dia, pouco-a-pouco
meio surdo, quase louco
no soloseco, arcabouço
querendo senti o frio em si
tupi ou não tupi

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008


Nordestino sim sinhô !


Se cada olho chorar
se cada lágrima que no chão rolar
fertilizar o barro do sertão
e irrigar toda a plantação de esperaça
que brota por cá
se cada rosto marcado pelo sol
se assemelhar com o rachado do meu chão
e aparentar o abandono do torrão
se engane não...
tenho a coragem de Lampião,
a vontade de frei Damião
dos balaios a resistência,
nordestino sim sinhô.
Eu acredito no padim Ciço Rumão
sou Conselheiro, sou revolução
sou Rei Zumbi, Frei Caneca
Nordestino sim sinhô !


sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Farol

Quando um sentimento novo
Invade um ser
É como se nada existisse,
Como se a santa palavra mentisse
Viver é vagar
Sonhos a se conquistar
Viver é correr
Atrás de um ideal
E alcançar
Siga o farol da consciência
Mas não deixe, jamais,
Uma palavra calar um beijo,
Um desejo escondido,
Pois a paixão sempre transforma
Um herói em bandido.

Única ilha

Quando a noite cai
Trazendo o silêncio
Fico a pensar.....
Vejo a tua imagem
À sombra da minha retina
A poesia de Bandeira
Completa a tua beleza
Verde dos teus olhos,
Noite escura
Palavras açoitam o silêncio
Bela criatura
Frases sem sentido
Nexo absurdo
Tudo chega ao fim

Calo e fico mudo

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Cada um na sua

Os cientistas preocupam-se em descobrir verdades,
Origem da vida, cura de doenças;
Mas na esteira do desenvolvimento
Aceleram a morte do planeta e do homem.
Os políticos, com mandatos,
Legislam e executam leis
Para normatizar a vida em sociedade,
Mas são eles, os primeiros a não respeita-las
O povo paga impostos
Para receber melhorias
Mas o que recebe é tão pouco.
E a vida vai seguindo,
Cada um na sua
E eu, aqui brincando de ser poeta.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

INTIMIDADES

Na minha terra
Raimundo, carinhosamente se chama de Mundico
A intimidade transformou em Dico
Agora, quando dois Raimundos se encontram
São dois Dicos juntos.

EU AVISEI

Sonhei que era tripulante de uma nau
Não sei se por coincidência,
Mas era na caravela de Cabral
Quando o marinheiro gritou.....
Terra à vista!
Eu fui logo avisando
Cabral, deixa isso pra lá.
Não vale à pena, isso vai ser a maior bomba,
Eu avisei, ele não quis me ouvir.